BRASÍLIA — O presidente Jair
Bolsonaro decidiu demitir ainda nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, em meio à crise do novo coronavírus. O ato oficial de
exoneração de Mandetta está sendo preparado nesta tarde no Palácio do Planalto.
A expectativa é que a decisão seja publicada em edição extra do Diário Oficial
da União após reunião do presidente com todos os ministros, entre eles
Mandetta, convocada para as 17h. A informação sobre a exoneração de Mandetta
foi confirmada ao GLOBO por dois auxiliares do presidente da República.
O deputado federal Osmar Terra
(MDB-RS), ex-ministro da Cidadania, é o mais cotado para substituí-lo. Ele
almoçou com Bolsonaro e os quatro ministros que despacham do Palácio do
Planalto nesta segunda, Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos
(Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional).
O diagnóstico entre auxiliares
do presidente é que a permanência de Mandetta no cargo se tornou insustentável
após uma série de críticas do presidente à sua atuação no enfrentamento à
Covid-19. Ele foi acusado por Bolsonaro de falta de humildade, em entrevista na
última quinta-feira, e contrariou o presidente ao defender o isolamento e o
distanciamento social para combater a disseminação da Covid-19.
No domingo, Bolsonaro havia
dito, sem citar nomes, que "algumas pessoas" do seu governo "de
repente viraram estrelas e falam pelos cotovelos" e que ele não teria medo
nem "pavor" de usar a caneta contra eles.
De O Globo
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