Jairon
Barbosa tem 30 anos. Natural de Nova Olinda do Maranhão, mas já viveu em
Bacabal, Amapá do Maranhão, Godofredo Viana, São Paulo e atualmente reside em Maracaçumé, onde é
sócio no escritório de advocacia com Dra. Andrea Palmeira. Quem vê ele hoje
pensa que a vida foi fácil, mas a verdade é que ralou muito pra chegar no atual
momento da vida.
Morou
por 10 anos em São Paulo onde se formou em advogado e cursou pós-graduação em “Direito
Difusos e coletivos”, “direito penal econômico” e faz atualmente pós em “Direito
Penal” e “Processo Civil”. Muita coisa, né? Mas o rapaz sonha alto e tem muitos
planos para o futuro.
Ele
namora a farmacêutica Keyne Bizzi com quem planeja formar uma família. Jairon
Barbosa recebeu a equipe do Blog Renato Costa e contou tudo sobre sua vida
pessoal, profissional e muito mais. Vale a pena conferir a entrevista com um
dos advogados criminalista mais requisitado da região:
Quem é Jairon Barbosa?
Sou uma pessoa do bem, não interpreto
“as coisas” pelo lado ruim. Não sou maldoso. E além disso, muito determinado. Acredito
que isso seja as minhas melhores virtudes. Há, me considero tímido, muito
embora não pareça. (Risos).
Conte um pouco da sua trajetória de vida
até chegar em Maracaçumé:
Como diz a música “pais e filhos” do
Legião Urbana (Poeta e saudoso Renato Russo): “Já morei em tanta casa que nem
me lembro mais...”. (Risos). Brincadeira à parte, morei em diversos lugares até
chegar em Maracaçumé. Nasci em Nova Olinda – MA, mas os primeiros anos de vida
foram na cidade de Maranhãozinho, por pouco tempo, até a morte de meu pai, que
ocorreu quando tinha cerca de 4 (quatro) para 5 (cinco) anos de idade. Em
seguida, tive que ir morar em um garimpo (Aurizona – Godofredo Viana) juntamente
com minha mãe e minha irmã. Depois fui morar em Amapá do Maranhão, aonde
adquirir uma segunda família, e, poder concluir o Ensino Fundamental. Visando
ingressar no Ensino Superior, no 2º (segundo) ano do Ensino Médio me mudei para
Bacabal - MA, deixando para trás uma grande família e amigos, aonde mora os
familiares biológicos, aonde juntamente com ajuda de Padres consegui concluir o
Ensino Médio. Ainda em Bacabal, ingressei em um programa da Universidade do
Estado (UEMA), mas resolvi ir para São Paulo e adquirir uma formação superior. Já
advogando em São Paulo para uma empresa e já tendo concluído uma pós-graduação,
resolvi voltar ao Maranhão, aonde montei um escritório de advocacia com um
amigo na cidade de Santa Inês - MA, porém à sociedade não deu certo,
infelizmente, e então tive o convite por parte da Dra. Andrea Palmeira para vim
para Maracaçumé.
Quem lhe influenciou para seguir a
carreira do Direito?
Não existe alguém ou algo específico que
me influenciou a enveredar pela área jurídica, foi algo que se desenvolveu aos
poucos, de forma natural. Não tenho ninguém da minha família que atue na área.
Aonde se formou? Fale sobre sua vida
acadêmica.
Sou Bacharel em Direito pela FMU de São
Paulo, uma Faculdade bem reconhecida naquele Estado. Após concluir o curso de
Direito, fiz logo um curso de Extensão Universitária em Direito Empresarial na
mesma Instituição. Logo depois, ingressei na PUC/SP (Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo), aonde cursei pós-graduação em Direitos Difusos e
Coletivos (Econômico, relações de consumo e ambiental). No ano de 2018
participei e consegui no ano de 2019 aprovação em uma pós-graduação em Direito
Penal Econômico da Universidade de Coimbra (Portugal). E desde ano passado
(2019) que estou cursando mais duas pós-graduações, uma em Direito Penal pela
Instituição Damásio de Jesus (São Paulo) e outra em Direito Processual Civil
pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo).
Temos vistos muitos Bacharéis em Direito
que não conseguem passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil. Qual o
diferencial para quem consegue passar na primeira tentativa?
Veja Renato, a reprovação no Exame de
Ordem e em outros certames, acontece por diversos motivos, dentre elas posso
citar falta de conhecimento, nervosismo, ansiedade e outros. Realmente, a
quantidade de bacharéis que não conseguem aprovação no Brasil é muito grande.
Somos um dos países com maior número de bacharéis no mundo, é muita coisa.
Acredito que para obter aprovação não seja necessária realização de algo tão
extraordinário, um plano de estudos, disciplina e dedicação se obtém aprovação.
Lembro que a época que prestei o Exame de Ordem, só podia realizar a prova no
10º (décimo) semestre, como 100 (cem) perguntas. Realizava um estágio em
escritório de advocacia que prestava serviço para o Hospital Sírio Libanês,
diligenciava o dia inteiro, ainda realizava os estágios da Faculdade e obtive aprovação
no exame. E olha que em São Paulo “tudo é longe”, o transito dificulta a
locomoção, o que significa dizer que a vida de um acadêmico que mora longe do
estágio [serviço] e da Faculdade, com o uso de transporte público (metrô e
ônibus) não é fácil. Mas, com força de vontade se consegue tudo.
Estudo pra você é um compromisso: quais
são as suas metas para o futuro?
Acredito que sim, levo a sério os
estudos. É a única coisa que realizo e não me sinto com peso da consciência. Fora
do trabalho, tudo me deixa com peso na consciência, a sensação de ser inútil. Queria
ganhar na mega-sena e somente estudar. (Risos). A minha meta é cursar mestrado,
doutorado e dar aula em uma Universidade. Espero que eu consiga.
Almeja seguir carreira de promotor ou
talvez juiz?
Não, não pretendo seguir essas carreiras
jurídica. Para ser sincero, nunca tive interesse, vocação. Sempre me
identifiquei com a advocacia. Agora, a advocacia que pretendo realizar um dia é
um pouco diferente da de hoje em dia. Quero atuar perante os Tribunais
Superiores (Brasília).
Por que escolheu a área criminal para
fazer especialização?
Porque desde que comecei a atuar na área
criminal o desejo só aumenta de ter maior conhecimento sobre essa área. A á
área criminal trata do maior bem depois da vida, que é a liberdade. Cursei uma
pós-graduação na área do Direito Penal Econômico, estou finalizando outra em
Direito Penal e o plano é cursar mestrado em Direito Penal. Diferentemente do
que as pessoas pensam, o direito penal não trata apenas do crime, das penas,
mas também de outros fatores. O direito penal não tem finalidade de punir, mas
evitar que o crime ocorra. E diante disso, é somente estudando, nos
aprofundando é que iremos criar mecanismo de prevenção aos crimes,
sejam eles de colarinho branco ou não. E assim ter menos crimes.
Você é considerado um dos melhores
advogados em sua área de atuação. O que faz JAIRON BARBOSA ter tanta
credibilidade perante o público em geral?
Primeiramente agradeço por me considerar
um bom profissional. Fico feliz em saber isso. No entanto, tenho muito a
melhorar, a aprender. A credibilidade cresce a partir dos resultados obtidos.
Não tem outra explicação. Se o advogado assume um caso e obtém sucesso, a
sociedade aplaude, elogia. Do contrário, decorrem as críticas. Agora, e
importante mencionar que nem sempre se obtém um resultado que se almeja, até
porque quem decide o quanto pleiteado é outra pessoa, o Juiz (Magistrado). Na
área criminal, quando o advogado realiza um pedido, passa pelo “grivo” do
Ministério Público (Promotor) e depois do Magistrado, o que é muito mais
difícil. Quando assumimos um caso, desenvolvemos uma linha de defesa, atuando
de forma técnica e combatível, e com isso tem refletido resultados positivos. A
técnica é primordial para o êxito. Não há dúvida que os estudos, a experiência
e a atualização das leis é um grande aliado a tudo isso.
Seu escritório é uma parceria com a
advogada Andrea Palmeira. Como é a relação de vocês nos processos?
Primeiramente gostaria de dizer que a
Dra. Andrea Palmeira é uma mulher incrível, um ser humano brilhante, iluminado.
E não falo isso só porque é minha sócia e amiga, mas porque é de sua natureza
essa leveza de pessoa que tanto admiro e tenho gratidão. É uma pessoa que pensa
no próximo, incentiva, motiva, ajuda, compartilha; não é de perder tempo com
picuinha ou algo do gênero. É um privilégio conviver com ela, é bom demais. Ela
é mais “agoniada” do que eu (risos), confesso, mas em contrapartida, tem dado
certo à sociedade. Acho que um completa o outro. Não é que o meu escritório é
uma parceria com ela. Somos um só escritório, somos sócios. Acontece que em
alguns processos há somente atuação dela, como os processos mais velho, antes
da parceria e os processos da Prefeitura de Maracaçumé, assim como alguns
processos são só meus, como os processos da Câmera Municipal de Amapá do
Maranhão. A nossa relação nos processos é muito boa. Conversamos sobre todos os
casos, um pede a opinião do outro, e ao final chegamos a uma conclusão.
Na sua opinião, quais as principais
características e habilidades que um advogado precisa ter?
Na minha modesta opinião, as
características que um advogado deve ter é equilíbrio emocional, conhecimento e
boa oratória.
A justiça no Brasil realmente é justa e
igual para todos?
Não, não é. Há muitas desigualdades e
posso citar algumas. Primeiro, os jurisdicionados, as pessoas que ingressam ou
sofre ações judiciais, àquelas que tem processo na justiça, não são tratadas de
forma igualitária, são tratadas de forma diferente. Questiono: será se uma
pessoa negra e pobre ao ser julgada por tráfico tem o mesmo tratamento que uma
pessoa branca e rica? A resposta é não. Não estou generalizando, mas o
tratamento não é o mesmo. A empatia não é a mesma. Outra coisa, a Justiça
existe, mesmo com suas falhas, mas questiono: está acessível a todo mundo? A
resposta é não. A Defensoria Pública que atende em regra os mais pobres, tem a
unidade quase a 150 km de distância daqui, com pouca estrutura, incapaz de
poder atender os anseios sociais. Diferente por sua vez, de uma pessoa que tem
condições e pode contratar um advogado a todos instante. Logo, a justiça não é
igual para todos.
O que significa a palavra advogado para
você?
Significa sacerdócio, vocação. Ou você é
vocacionado por isso ou não adianta se enveredar. Eu penso na advocacia dia e
noite, é a minha vida.
Dá pra definir o que é ser um bom
advogado?
O bom advogado é aquele que tem uma
sólida formação técnica e ética. Não adianta ter conhecimento e não cumprir,
não zelar pelo direito alheio. Ou seja, ser desonesto. Mas também não adianta
ser ético, honesto, tem boa índole e não ter conhecimento técnico.
Você se espelhou em quem durante a formação
e agora em plena atividade?
Como não venho de uma família do meio
jurídico, pessoas do meio, sempre procurei me espelhar nos melhores. Sou
daqueles que acessa o site dos escritórios daqueles advogados que admiro. Leio
peça. Leio reportagens. Como dito, me formei em São Paulo, Estado de grandes
juristas, aonde existem profissionais com grande formação acadêmica. Então,
foram essas pessoas, como professores, chefes e doutrinadores, que acabaram me
inspirando.
O que pensa sobre a política de
Maracaçumé? Gosta de participar dos movimentos partidários acalorados do
interior?
A política de Maracaçumé é algo
diferente de todos os outros lugares. Aqui as pessoas são fanáticas pelos
candidatos. (Risos). Ou seja, se é de um lado, defende o candidato a fogo e
ferro. As pessoas andam com bandeiras gigantescas como se fosse torcer para um
time de futebol. Compram briga mesmo. Diria que a política aqui é bem atípica.
Eu gosto de participar, gosto de política. Morei na casa de um político por
anos. Até cogitei me filiar e candidatar, mas dei uma pausa nesse projeto.
Está namorando atualmente: pretende
formar família e morar em Maracaçumé?
Estou namorando a Keyne Bizzi, que é uma
farmacêutica; uma pessoa que tem sido um suporte importante na minha vida e que
tenho pretensões de forma uma família. Gosto muito de Maracaçumé – MA. Já tenho
gratidão por essa cidade. Tenho um plano em um dia dar aula na Universidade,
por isso não posso afirmar se irei morar aqui em Maracaçumé para sempre.
Bate bola, jogo rápido: em poucas
palavras.
Advocacia: Um sacerdócio. Uma paixão.
Maracaçumé: Uma cidade que tenho gratidão.
Política: Necessário. Precisamos gostar mais.
Justiça Brasileira: Injusta, lenta; precisa de maior estrutura.
Família: É tudo para qualquer pessoa. A principal
base. Digo que não escolhemos a família que nascemos, mas podemos escolher a
família que desejamos ter. A minha vai ser unida.
Obrigado,
Renato, em poder falar com seu público. Abraço.
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