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Estudantes protestam contra cortes de verbas para o IFMA |
Nesta segunda-feira (6),
estudantes realizaram protestos em várias regiões do Maranhão contra o corte
verbas do governo ao Instituto Federal do Maranhão (IFMA). No sábado (4), o G1
MA adiantou que o instituto terá corte de 38% no orçamento previsto para 2019.
O percentual representa aproximadamente R$ 28 milhões a menos no orçamento.
"As pessoas precisam
entender que esse corte de mais de 30% nas verbas nos institutos não vai
prejudicar só a gente, mas também os outros alunos que pretendem ingressar uma
universidade ou um instituto federal", declarou o presidente do Grêmio Estudantil
do IFMA/Caxias, João Victor Silva.
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Estudantes em protesto no IFMA de São Raimundo das Mangabeiras — Foto: Reprodução/Redes Sociais |
As manifestações aconteceram
na maioria dos 29 campi do IFMA, como em Imperatriz, Rosário, São Luís, São
José de Ribamar, Caxias, São Raimundo das Mangabeiras, Porto Franco, Araioses,
Codó, Barreirinhas, Itapecuru-Mirim, Pinheiro, São João dos Patos e Zé Doca. Na
maioria dos atos, os estudantes vestiam camisas pretas.
Em Caxias, o corte no
orçamento preocupa cerca de dois mil alunos. Já no campus de Codó, os alunos
estão indo embora para casa mais cedo e outros dizem que precisam levar
quentinhas porque a crise já afetou o restaurante.
"Tem alguns aí que
estão trazendo alimento de casa, mas no meu caso aqui não dá. Temos que voltar
pra casa", contou o estudante Anderson Bulhões.
De acordo com a
administração do campus de Codó, o problema está na falta de recursos que fez
os fornecedores deixarem de atender o IFMA.
"Como o recurso que tem
chegado até a instituição tem sido insuficiente para cobrir todas as notas
autorizadas pelo governo para empenho, as empresas resolveram suspender a
entrega de gêneros alimentícios", declarou Jandherson Silva, diretor
interino do IFMA/Codó.
Estudantes em protesto no
IFMA de Porto Franco — Foto: Reprodução/Redes Sociais
A reitoria da Universidade
Federal do Maranhão (UFMA) também se manifestou contra o corte de verbas
anunciado pelo Ministério da Educação. Em nota, a UFMA declarou que o bloqueio
foi recebido com perplexidade pela comunidade acadêmica, e que deve afetar as
atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Cortes de recursos para o
IFMA
O IFMA confirmou que o corte
terá impacto de funcionamento - como nos contratos de fornecimento de água,
energia, internet e vigilância - e também vai prejudicar as atividades
planejadas de ensino, pesquisa e extensão em 29 campi e seis centros de
referência no estado.
Segundo o secretário de
Educação Superior do MEC, Arnaldo Barbosa de Lima Junior, o corte de verbas em
todos as universidades e institutos trata-se de um "bloqueio" que foi
feito "de forma preventiva" e "só sobre o segundo semestre".
Apesar de ter dito que o
bloqueio foi feito "de forma isonômica" para todas as universidades e
institutos, Lima afirmou que está "estudando alguns parâmetros" para
definir quais delas seriam "premiadas" com uma "redução menor do
que as outras" ao longo do ano, "mas com ênfase no segundo
semestre".
Segundo ele, o primeiro
parâmetro é o "desempenho acadêmico e seu impacto no mercado de
trabalho", seguido da governança das universidades. "A gente quer que
elas tenham um sustentabilidade financeira", explicou o secretário. O
terceiro parâmetro é a inovação gerada para a economia.
G1 MA
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