Graciele Ugulini, madrasta
do menino Bernardo, começou o depoimento no quarto dia de julgamento, que
ocorre desde a última segunda-feira (11), no Fórum da cidade de Passos, ao
norte do Rio Grande do Sul. Ela afirmou que a maioria dos fatos ocorridos durante
o assassinato de Bernardo, em abril de 2014, é verdadeiro. "O Leandro não tem nada a ver, só quero
o perdão dele. O Leandro não tem nada a ver com isso, é tudo culpa
minha.", afirmou a enfermeira, acusada de homicídio triplamente
qualificado. A ré chorou durante o depoimento que teve início às 9h35 desta
quinta-feira (14), e se estendeu até o fim da manhã. Esta foi a primeira vez
que Graciele prestou esclarecimentos publicamente sobre o crime. O único
depoimento que deu foi à polícia, em 30 de abril de 2014.
Ao depor nesta manhã, a
madrasta afirmou que levou Bernardo com ela na viagem a Frederico Westphalen,
distante cerca de 430 quilômetros da capital, e que o menino estava muito
agitado. Para acalmá-lo, a enfermeira deu cinco doses do medicamento ritalina.
"De repente eu olhei, ele estava encostado, babando... levantei a camiseta
dele e vi que não tinha movimento respiratório. Chacoalhei, mexi ele e
nada", lembrou. Graciele Ugulini afirmou à juíza que a amiga Odilaine
Uglione, também ré no caso, queria levar de imediato o garoto, já desacordado
ao hospital para receber atendimento. No entanto, a enfermeira admitiu que
preferiu esconder o corpo da criança devido à relação dela com o marido e pai
de Bernardo, o médico Leandro Ugulini. "Admito que dissimulei. Tentei de
todas formas agir de forma normal para Leandro não desconfiar", revelou a
enfermeira.
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