O ex-ministro da Fazenda e
da Casa Civil, Antonio Palocci, está suspenso por 60 dias das atividades
partidárias. Essa foi uma decisão do Diretório Nacional do Partido dos
Trabalhadores (PT) divulgado nessa sexta-feira (22).
O motivo da medida é o
depoimento de Palocci ao juiz federal Sergio Moro em um processo da Operação
Lava Jato, no qual o ex-ministro disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva firmou um “pacto de sangue” com a Odebrecht em troca de um “pacote de propinas”,
que incluía 300 milhões de reais em propina para “atividades políticas”.
Embora tenham aprovado a
suspensão, integrantes da direção petista dizem, de forma reservada, que a
punição é inócua já que Antonio Palocci está preso desde setembro do ano
passado e afastado há anos das funções partidárias.
Além disso, na última
segunda-feira (18), o diretório municipal do PT de Ribeirão Preto, onde o
ex-ministro é filiado, instaurou uma comissão de ética para apurar o caso. Na
prática, o PT da cidade do interior paulista deu início ao processo de expulsão
de Palocci.
O ex-ministro negocia um
acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Na semana passada,
a VEJA revelou que ele conta em seus depoimentos que, em 2010, quando já
coordenava a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff, encontrou-se várias
vezes com Lula para entregar “pequenas quantias” pedidas por ele. Os maços de
dinheiro variavam, conforme Palocci, entre 30.000 reais, 40.000 reais e 50.000
reais. Os valores eram entregues em lugares previamente combinados e seriam
usados pelo ex-presidente para custeio de despesas particulares.
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