A Polícia federal deflagrou
hoje, 5/9, a Operação Tesouro Perdido, com vistas a cumprir mandado de busca e
apreensão emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília. Após investigações
decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou
a um endereço em Salvador/BA, que seria, supostamente, utilizado por Geddel
Vieira Lima como “bunker” para armazenagem de dinheiro em espécie. Durante as
buscas foi encontrada grande quantia de dinheiro em espécie. Os valores
apreendidos serão transportados a um banco onde será contabilizado e depositado
em conta judicial.
Na decisão em que autorizou
a busca e apreensão no imóvel que seria o ‘bunker’ do dinheiro de Geddel Vieira
Lima, o juiz Vallisney de Souza Oliveira destaca que a Polícia Federal foi
informada sobre a existência do local por meio de uma ligação telefônica.
A busca no imóvel foi alvo
da nova fase da operação Cui Bonno?, batizada de Tesouro Perdido. Na Cui Bonno?
Geddel é investigado em razão de sua atuação enquanto vice-presidente de pessoa
jurídica da Caixa Econômica Federal. Na busca foram encontradas caixas e malas
contendo grande quantidade de dinheiro vivo.
“De fato, as mencionadas
informações policiais dão conta que o Núcleo de Inteligência da Polícia Federal
teria tecido uma notícia por meio telefônico, no dia 14/07/2017, asseverando
que no último semestre um apartamento do 2º andar do edifício José da Silva Azi
estaria sendo utilizado por Geddel Vieira Lima para guardar caixas de
documento”, explica o despacho do juiz federal.
Após a informação dada por
telefone, a PF fez um trabalho de pesquisa de campo com moradores do prédio que
confirmou que “uma pessoa teria feito uso do aludido imóvel para guardar
pertences do pai”. O trabalho de investigação na PF é conduzido pelo delegado
Marlon Cajado.
Ainda em seu despacho, o
juiz federal aponta que “há fundadas razões de que no supracitado imóvel
existam elementos probatórios da prática dos crimes relacionados na manipulação
de crédito e recursos realizada na Caixa”.
Geddel foi preso em julho
acusado de participar de esquema ilegal de liberação de recursos na Caixa. Ele
foi vice-presidente do banco durante a gestão Dilma Rousseff. No governo Temer,
Geddel foi ministro da Secretaria de Governo, responsável pela articulação
política do Palácio com o Congresso, pela distribuição de cargos e de emendas
parlamentares. Desde 12 de julho, o ex-ministro está em prisão domiciliar sem o
uso de tornozeleira eletrônica por ordem do desembargador Ney Bello. Filiado ao
PMDB, Geddel é próximo ao presidente Temer.
O ex-ministro foi citado nas
delações do empresário Joesley Batista e do operador financeiro Lúcio Funaro.
Fonte: Estadão
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