Quase 60 metros cúbicos de
madeira extraída ilegalmente da Reserva Biológica do Gurupi (Rebio) foram
apreendidos por fiscais durante operação realizada nesta quarta-feira (2), no
Sudoeste do Maranhão. Ao todo foram apreendidas 91 toras e 75 sacos de carvão.
O dono de uma das serrarias
fiscalizadas foi preso pela Polícia Federal.A operação batizada de “Maravalha
II” teve o objetivo de combater a prática de crimes ambientais ligados à
extração, ao transporte e à comercialização ilegal de madeira proveniente da Terra
Indígena Caru, da Terra Indígena Araribóia e da Reserva Biológica do
Gurupi.Foram fiscalizadas quatro serrarias, clandestinamente instaladas no
município de Buriticupu, sendo duas na zona rural.
Segundo a PF, os
estabelecimentos apresentam fortes indícios de receptação de madeira
ilegalmente extraída de Terras Indígenas e de unidade de conservação federal, o
que configura situação de flagrante delito dos responsáveis.Durante a ação um
dos donos de serraria acabou preso, assim como houve a desmobilização completa
dos estabelecimentos ilegais encontrados, além da apreensão de 56,287 m³.
O Ministério Público do
Trabalho também identificou vários trabalhadores em situação irregular, sem os
equipamentos de proteção adequados e sem o pagamento correto das verbas
trabalhistas, e ainda alguns casos de trabalho infantil.
Operação Maravalha II
Participaram da ação
policiais federais lotados na Superintendência da PF no Maranhão, servidores do
Ibama, procuradores do MPT, Auditores Fiscais do Trabalho e servidores do
ICMBio, totalizando cerca de cinquenta pessoas.Os investigados responderão por
crimes de receptação qualificada (art. 180, §1° do CPB), ter em depósito
produto de origem vegetal sem licença válida (art. 46, parágrafo único, da Lei
9.605/98), dentre outros.
A operação foi batizada de
Maravalha II, termo que denomina os restos da serragem de madeira em serrarias,
uma vez que o objetivo foi desmobilizar as serrarias irregulares remanescentes
da operação Maravalha realizada em março de 2017.
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