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Arquivo Público do Estado do Maranhão repune documento importantes daquela época (Foto: Divulgação / Secretaria de Cultura e Turismo) |
Maranhão era rico e tinha
forte ligação com Portugal, por isso, resistiu até o último momento quanto a
aderir à independência do Brasil em relação à Portugal. Foi preciso cercar São
Luís por mar e ameaçar destruir a cidade para que o província se rendesse por
completo. Isto foi no dia 28 de julho de 1823, há exatos 194 anos.
Para refletir sobre a data,
a exposição “28 de julho, 194 anos da Independência do Maranhão, documentos e
obras raras”, começou nessa quinta-feira (27) e vai até segunda-feira (31), na
sede do Arquivo Público do Estado do Maranhão, que fica na Rua de Nazaré, no
Centro Histórico de São Luís.
A Lei Estadual 2.457, que
trata sobre o feriado é de 1964, mas até 2014, o feriado era pouco conhecido,
tanto que a iniciativa privada não alterava a rotina. A partir de 2015, isso
passou a ser fiscalizado pelas autoridades competentes e este feriado estadual
não ficou mais restrito apenas às repartições públicas.
HISTÓRIA
O motivo da resistência
maranhense à época era por conta da elite que dominava o Maranhão. O grupo não
aceitava as ordens vindas do Rio de Janeiro, capital do Brasil Imperial, por
ter interesse em continuar com as relações com Portugal por conta das situações
política e econômica.
O termo oficial de adesão do
Maranhão à independência do país foi assinado no dia 7 de agosto de 1823, na
cidade de Caxias, distante 368 km de São Luís. A solenidade foi na Igreja da
Matriz.
Thomas Cochrane, escocês,
foi quem chefiou a esquadra de guerra da Marinha Brasileira. Como ele venceu a
batalha, entrou para a história também como o primeiro marquês do Maranhão.
“No Maranhão, a adesão só
acontece no dia 28 de julho, na Bahia foi 2 de julho e no Pará, 15 de agosto.
Isso mostra como tínhamos projetos diferentes no país naquele momento. No caso
do Maranhão, os interesses quanto a exportação, a manutenção da escravidão e as
relações políticas eram muito mais vinculados a Portugal do que aquela ideia
nova de união com o Rio de Janeiro”, disse o historiador Marcelo Cheche Galves.
Segundo o historiador, as
tropas militares do Império chegaram ao Maranhão após desembarcarem por Piauí e
Ceará. Eles entram no Maranhão na região onde hoje é o município de São
Bernardo. De lá foram até as lavouras de algodão, às margens do Rio Itapecuru.
Esta incursão foi por volta do início de junho. A região do Itapecuru aderiu
imediatamente à ideia defendida pelas tropas do Império. São José de Matões, em
Caxias, foi o primeiro vilarejo a aceitar a imposição.
Em São Luís, depois da
batalha que resultou na adesão de todo a província à ideia vinda do Rio de
Janeiro, os movimentos de resistência não pararam e vários eventos como
conflitos em via pública e arrombamentos de lojas, por exemplo, foram
registrados até o fim do ano seguinte: 1824.
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Thomas Cochrane teve papel fundamental na história do Maranhão (Foto: Reprodução/TV Mirante) |
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